segunda-feira, 12 de julho de 2010

PARCERIA LUZ SERENA!

Com LENA FERREIRA


TÃO SIMPLES!

Tão fácil amar o próximo
basta olhar com olhos
rasos de preconceito
fundo em sentimento
pobre em indiferença
rico em fraternidade

Tão pouco se exige
ao se olhar o próximo
maior discernimento
alcançado com intuição
e menor endurecimento
do moldável coração

Tão simples estender a mão
a quem está ao seu lado
precisando de uma palavra
ser ouvido; um abraço, só...

Tão bonito é o doar-se
energia que vai e volta
abençoando amizades
no prazer de não ser só!

Lena Ferreira e Anorkinda

SAL DA VIDA

Colherei as cinzas do teu corpo
Guardarei cuidadosamente
Por um tempo, velarei teu pó
Pedirei asilo ao vento forte
Com o cântaro de ti nas mãos

Submeterei à decisão do tempo
Esperarei pelo certo momento
Serás agraciado com dádivas
Do mais puro e intenso amor
Com o sal da vida a te recolher

E quando a luz no vaso penetrar
De tão intensa, ele se romperá
E espalhará tua poeira ao vento
Voltando à terra, morada eterna

Terás o alento e o conforto
Da unidade, da integridade
Estarás no Todo, disperso
E completamente feliz!

Lena Ferreira e Anorkinda


OLHE BEM

Mira essa figura à tua frente
Não sou apenas o que vês
De riso fácil, tão contente
Por trás, sou séria: tu crês?

De meu lado, o que vês:
Menina tímida e infantil
Bem sei do fácil ardil
Que convém ao freguês

Acima, tu crê no que vês?
É fruto de visão deturpada
Não tenho coroa; não crês?
Sou carne, osso; humanizada

Abaixo, vamos todos ao pó
Não assimiles o que vês
Não existe sangue de marquês
Temos entranhas, pele e só

Mira esse figura a tua frente
Nunca fui mais do que tu
Sou ser humano, sou gente

Olhe com o coração latente
Somos iguais, eu e tu
Da árvore da vida, a semente

Lena Ferreira e Anorkinda

terça-feira, 6 de julho de 2010

Parceria ARTE E INSPIRAÇÃO (com Márcia Poesia de Sá)

Inspiradas nas pinturas de JOSEPHINE WALL





Sentires e poetares

Sinto meu mar em lua cheia
Cheia sinto este meu mar
Mar de tantos mares em cheias
Cheias águas de meu mar

Minto à lua descarada noite
Noite minto meu poetar
Poetar de tantos versos noites
Noites luares do meu poetar

Poetar de tantos açoites
Açoites de tanto versar
Versar meus sentires sem rumos
Rumos pra te encontrar

Encontrar-te deusa do mar
Mar de tantos luares
Luares que ajustam rumos
Rumos dos nossos poetares

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda



MAR, AMOR, AMAR

amar o mar em mar de amor
amor às ondas, inundar de amor
amar-te em mar e sabor
e amando assim maremoto será...

amar em mar e calor
velejar em teu mar e me perder...
amor aos ventos do amor
e me achar náufrago de você....
velas de tanto querer

minha profundidade azul te reluz
em mar de paz e luz
contraposto sonho e realidade
tudo se sobrepõe à naturalidade
meu mar, meu amor, meu amar...
lágrimas e águas em sal

quero cortar tuas águas e pousar
amar-te em pleno mar
e nosso mar será amar
amando mais que desejar
num manso flutuar
de ondas quentes sobre o mar

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda


Inefável inspiração

Somos todos viajantes deste infinito espaço
como todos bons amantes
atores do mesmo palco
pássaros alados do destino
perdidos em meio as tintas
rebuscam a tela virgem
e fazem nós obras primas de nós mesmos

Pincelam em nosso livro da vida
experiências de texturas
cores novas de luz
e esperança de assinatura

Assim despertas o dia em mim
inefável inspiração na luz
do amanhecer que me dedicas
nas cores que te formam

Raiando um dia assim
terno em amores
repleto dos sabores
que por amor a mim abdicas

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda


OS SONS DA CONTINUIDADE

Há no planeta um sopro azul...
Que aquece os corações, união e amor
Raios de esperança são lançados na imensidão...
Água, terra, fogo e ar...cantando a mesma canção

Há em nós um colorido de sonho...
Que lança revoadas de luz e amor.
Energia de cristais são fortalecidas em fusão...
Astros, estrelas e nebulosas numa mesma missão.

Há no universo uma certeza de continuidade...
Que abraça com fé a luz, os animais e a humanidade.
Toda a natureza anda em festa...
É a sabedoria da renovação em cada face.

Há no verde das matas um vivo frescor...
Que alivia o falso prognóstico de dor.
As flores fazem a seresta...
É a música das esferas em novo enlace.

Márcia Poesia de Sá e Anorkinda