domingo, 11 de setembro de 2011

Parceria com VIVIANE RAMOS!





Nós

Tu te lembras...
De quando descobriste minha presença?
Tocou o ventre e sentiu a essência
E eu senti o calor de tua mão.

Tu te lembras...
Da hora em que choramos juntas?
Soprou uma voz de forças muitas
Declarando nossa união.

Eu me lembro...
Guardo no peito
A canção que marcou o feito
E nos inundou de emoção.

Nos relembramos...
Desenhando o destino
Nas cores do verso menino
Que formatou a comemoração

E estamos unidas,
Entrelaçando nossas vidas
Em poesias coloridas
Pelos caminhos do coração.

Viviane Ramos e Anorkinda

.




O quebra-cabeça das peças móveis

Em base azul
e peças disformes
este jogo
fez-me doida

Mexo aqui e ali
arrasto peças conforme
O anseio que há em mim
E me faço boba.

Em frenesi
componho o desenho
que bem quero
sem sorte
nem nexo

Sem temer errar
A peça não encaixar
Deixo-me em desconexo
e a obra
nunca pronta
é a vida em desafio

Viviane Ramos e Anorkinda

.




Louca Desvairada



Louca menina desvairada
Hoje já não tem pudor
Não cede teu desejo a nada
E não busca o amor.

Brandamente descarada
Todos clamam teu ardor
Mas não anseia ser amada
Apenas abrandar teu calor.

Pequena menina alada
liberdade em frescor
Por nada é amarrada
Nem pelo vil desamor

Faz de sua vida marcada
em açoite de dor
Um grito da aclamada
Ânsia por mostrar seu valor


Anorkinda e Viviane Ramos

.

EU VERSUS POETISA

É grande a disparidade
entre a poetisa
e a pessoa

É estranha a polaridade
entre a palestra
e a poesia

É intensa a verdade
que na mente
se faz rima

É certa a insanidade
que em versos
nos domina

Anorkinda e Viviane Ramos


.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011


PARCERIA COM RODRIGO ARCADIA!



Rosas trovadas

São rosas e poesias meu cantar,
Meu rondó, xodó que bate, bate,
Violão que sola alma de trovador.

São rosas e poesias, meu coração cantador,
Salta meu verso nas palavras nas bocas das crianças,
Ciranda poética, girassol que sorri.

São rosas primorosas a encantar
Todo trovador que se atreve a sorrir também
Coração acompanha a batida do violão

São rosas da canção de um cantador
Em poesia e emoção encantando multidão
É música, parceria e risos de crianças

Anorkinda e Rod.Arcadia

.



Sonho e parceria

Andei pastoreando sonhos
nos campos da imaginação
lugar das harmonias

Encontrei a chave
Dos meus segredos mais íntimos
E lancei ao vento amigo

Um mistério bonito
que se fez gestação
em horas de agonia

E dessa agonia
Nasceu o parto
O fruto da sabedoria.

E fiz dele meu alimento
Saciei minha fome
Ajudei meu espírito.

Desencantei o que ia errado
e de todos os sentimentos
este se fez bendito

E numa cantoria
floresceu o verso
em perfeita parceria

Anorkinda e Rodrigo Arcadia

.


REALEZA

Vo regar tanta poesia na minha vida,
fazer dela o meu germe de trigo,
vou molhar meus lábios com cada verso bonito

Vou suspirar debaixo da árvore, meu pequeno tesouro
que guardo sem ninguém saber, eu e meu caderninho
minhas palavras benditas, minha armadura de versos

Vou colher os frutos tenros no alvorecer
dos versos orvalhados e brilhantes
voutrazer das nuvens, o beijo edificante

Vou suspirar com os poetas mais cativantes
e ler livros de amor e suprema beleza
a poesia em minha vida será realeza!

Rodrigo Arcadia e Anorkinda

.



O BALANÇAR DA VALSA

A moça no seu vestido rosa, balança,
Balança entre árvores e o cantalorar dos pássaros.
E seus amantes felizes a admiram,
Declamando poemas de amor.

Versos que encantam o coração.
A moça encanta mais...
Sorrindo a delícia de saber
Que é inspiração de paixões.

E há querubins saudando seu balançar.
Ela escuta as vozes infantis cantando glórias
E aleluias em sua beleza.
Criança, menina que encanta corações.

No jardim de seu sonhar cândido
Há ternuras infindas e amor...
Moços de peitos abertos em alegres
balançares de emoções.

E vão seguindo o balançar, feito valsa
A girar, carregando a moça, esses cavalheiros
A bailar, dança amante, dança amorosa,
Vão lançar estrelas ao som da poética valsa.

Rodrigo Arcadia e Anorkinda

.


domingo, 1 de maio de 2011



PARCERIA COM JANE MOREIRA!



Fantasias astrais

Corre, vento!
Vem beijar
A minha face,
Vem secar
Minhas lágrimas,
Vem brincar
Com meus cabelos.
Corre, vento!
Vem ligeiro,
Feiticeiro,
Vê se
Leva
contigo
A tristeza
Que carrego
Comigo.

Venha, sol!
Vem afagar
a minha pele,
Vem esquentar
a minha alma,
Vem irradiar
tua alegria.
Venha, astro-rei!
Vem fagueiro,
Companheiro,
Lê na
linha
do tempo
A receita
de ser
feliz.

Jane Moreira e Anorkinda



Risco e meta

Destino desatino
corro os riscos
abro os veios
os entremeios

Vasculho de olho
nos perigos
abro sorrisos
aos avisos

Destino arriscado
Seguir destemido
É meu predicado

Vou de sobreaviso
No choro ou no riso
Na curva ou na reta

Cumprir é a meta.

Anorkinda e Jane Moreira


Falsa imagem

Realidade cruel
Escondo-me numa casca
Que ninguém vê...

Beijos com gosto de fel
Revoltam meu ser
E ninguém vê...

Quero provar do mel
Que se esconde de mim
Mas ninguém crê...

Pensamento vil
Perpassa-me em onda
e ninguém crê...

A vida segue a mil
atropela meu ritmo
e ninguém vê...

Quero o céu de anil
que brilha em mim
mas ninguém vê...

Jane Moreira e Anorkinda


POESIA E LOUVOR

Poetar, sina do poeta
Amar, ensina a vida
Por te amar, em carta aberta
Vivo a poetar minha ferida

Pousar, diz a seta
Parar, bendiz a trilha
Por me amar refiz a meta
Verso meu que mais brilha

Sou poeta, sigo a seta
E dos astros sou amigo
E bendigo a minha meta
E dos que vem versar comigo

Nos meus versos canto o mundo
E louvo toda a emoção
Louvo todo o sabor profundo
E louvo a trilha, minha direção.


Anorkinda Neide & Jane Moreira


Na cara da noite

Vamos enfeitar
a cara da noite
maquiar o ar
sombrio açoite

Vamos juntas dançar
com a estrela da sorte
ondular este mar
bravio do norte


Vamos comemorar
vamos juntas dançar
no chão das estrelas
à luz do luar

Vamos então brindar
à sorte, à noite e à estrela do norte
As fadas a abençoar
o colorido da noite.

Anorkinda e Jane Moreira

.

domingo, 3 de abril de 2011

PARCERIA COM AMÉLIA DE MORAIS

(Amor)



Entre nossas linhas

Entrevi nos versos seus
Um quê de rima oculta
Um quê de furtiva métrica
Fingindo ser verso livre
Pra fugir de obedecer
Entre as linhas
Pequenas queixas
Imensas “deixas”
Pra eu seguir os passos seus...

Como previ, nos versos seus
tem um verdadeiro
tem um tímido
sentimento querendo
se expor,aparecer
Entrelinhas
que leio
no floreio
dos lindos passos seus...

Entre as linhas
Suas e minhas
Estrelinhas
Sóis e luas
Deixam as palavras nuas
Minhas e suas
Assim preenchemos de ruas
Suas/minhas, minhas/suas – nossa
Poesia que se esboça
Que roça, coça e faz troça
E nossa alma adoça

Amélia de Morais & Anorkinda


A ÚLTIMA NOTA

Ir embora, pra quê?
Troquemos a rota
Retire da viola
a última nota

Cubra-nos de melodia
Oriente o rumo
deste pedido uno
retiremos da fruta, o sumo

Sustenta-nos com sustenidos
compassos e bemóis
recorda dos tempos idos
entre tantas luas e sóis

Façamos juntos a refeição
das palavras e das cores
liberta a solidão
no leito dos nossos amores

Anorkinda & Amélia de Morais


ANGÚSTIA

Meu coração
rima de pé-quebrado,
remediado
e insensato
fala versos de saudades

Meu poema
anda angustiado
extenuado
fica parado
de olhar amarrado

nas tuas amenidades!

Anorkinda e Amélia de Morais



NÓS

Recita-me
escuto-te
desnudo-me

Cubra-me
recebo-te
declamo-te

Versa-me
queimo-te
declaro-me

Ama-me
livro-te
revelo-te

Amélia de Morais e Anorkinda


IDEIAS INSANAS

Ainda ontem
revi teus olhos
passando de relance
na minha vida

Pareciam
enormes chamas
queimando friamente
o sorriso teu

Ainda assim
torci os dedos
querendo uma chance
e ser tua querida

Pareciam
ideias insanas
sussurando em tua mente
-Venha ser meu!

Amélia de Morais & Anorkinda

.

terça-feira, 1 de março de 2011



PARCERIA COM AMÉLIA DE MORAIS!


(Meta-poemas)


Íntimo e sideral

Movimento, vento do verso
as pessoas sentiam o toque
arrepiava-se cada íntimo universo

No tempo todo dos inversos
acendiam a lua da verve
salpicavam estrelas na rima

Alimento, sabor poesia
os poetas tremiam de prazer
tratava-se cada íntima jóia

Nos giros completos dos planetas
nos buracos negros do silêncio
o verbo se fez magia em cometas

Anorkinda e Amélia de Morais


COTOVIA POESIA

Fala-me poesia
o que queres
ao descrever-me?

Coração poesia
o que queres
ao bendizer-me?

Recita-me poesia
como quem canta
como quem assovia

És cotovia de pouso leve
louvando a mim
com seu canto breve

Anorkinda e Amélia de Morais


FLORES DE PAPEL DE POESIA
.
Somos norte e sul
Somos jangada e minuano
Somos vermelho e azul
Somos portos, gaúcho e pernambucano

Somos mulheres e mães
Somos caneta e papel
Somos leite e pães
Somos poesia em rondel

Vamos ser melhores e meninas
Vamos em mar e rio
Vamos semear flores e bailarinas
Vamos rimar um afeto macio

Vamos de norte a sul
Vamos em versos e abraços
Vamos voar pelo céu azul
Vamos aterrisar, em risos e laços

Somos flores de papel
espalhando alegria
Somos versos perfumados
espalhando cantoria

Amélia de Morais e Anorkinda


Inspiração

Cospe logo esse verso
Preso na tua garganta
Que não te deixa dormir
que não te deixa sonhar

Traga agora essa brisa
Morna que te aninha
Na tua tenra rima
Na tua terna fala

Arranha a palavra na boca
Molha o verso entre os dentes
deita a língua, toda prosa
Poe pra fora essa semente

Dissolva o que te inspira
Profira a diáfana citação
deixa o broto do amor vingar
Suspire poesia e me dê a mão

Amélia de Morais e Anorkinda


Insuportavelmente Poesia

Movimentava o vento do verso
As pessoas sentiam o toque
Arrepiava cada íntimo universo

De verso-brisa a verso-vendaval
De verso-carinho a verso-carícia
A poesia ganhava matéria no jornal

Acariciava o verso do vento
As pessoas tremiam de prazer
Sonhava todo aquele movimento

A palavra tocava as pessoas
o vento espalhava seu som
e a poesia se fez presente

Anorkinda e Amélia de Morais


NOSSA POESIA

.
Debaixo do pano da manga
Escondeu-se um verso
Tímido, em pele de pitanga

Espiava os movimentos
fluidos e inversos
dos puros encantamentos

Esperava o momento exato
de ser parte do universo
no grito forte do parto

Nos dedos da minha e da sua mão
estava ele imerso
até a revelação

Ei-lo que surge, então.

Anorkinda e Amélia de Morais


NOSSOS VERSOS

Natureza poesia me trouxe adormecida
abriu-me os olhos e me vi poetisa
dancei com as fadas em noite enluarada

Versos alados chegaram de mãos dadas
abriu-se o portal da inspiração
rimei com a lírica do meu coração

Natureza poesia me faz pura emoção
onte, hoje e para sempre será
meu alento, meu alimento, meu cantar

De rimas pobres, rimas ricas, rimas sem rimar
apenas palavras, no sangue gravadas - DNA
unidas em versos por nossas mãos

Anorkinda e Amélia de Morais

.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

PARCERIA COM

DANNIEL VALENTE!



SIMPLICIDADE

Gosto desta rua antiga
deste muro desbotado,
do capim que cresce ao redor.

Gosto da minha igreja
a simplicidade do louvor,
dos velhos amigos da praça.

Gosto do verde entorno
deste céu azul límpido
em amplidão e fulgor

Gosto deste meu amor
frugal, origem da vida
em estado de graça

Danniel Valente e Anorkinda


PAIXÃO

Estou aqui
de passagem
sentindo
a aragem

Estou aqui
em silêncio
sentindo-me
em você

Vivendo cada paisagem
o seu mundo é viagem
universo a me perder

Você é a seta da estrada
que mostra o mar
ondas agitadas
a me levar.

ANORKINDA E DANNIEL VALENTE



Meta abissal

O verso deu a mão, certo dia
ao tempero melhor que havia
tinha um perfume colossal
trazia lembranças de sal

Armou-se do melhor tom
lilás, amarelo, azul
pôs na rosa um batom
viajou de norte a sul

O verso seduziu leitores
apresentando seus amores
poesia que supera o inefável
tornou-se puramente saboreável

Armou-se do melhor gesto
decifrou a palavra universal
pôs a linguagem no cabresto
fez-se um espírito abissal

Anorkinda e Danniel Valente





DOÇURA

doces chuvas banharam a alma da rua
a lua, escondida, espiava o movimento
das gotas mansas em banho bento

leves brisas espalharam as águas
do céu, atrevidas, sopravam lamentos
só pra ver a noite em sofrimentos

doce amanhecer esquecido
nem sabe que existiu a tempestade,
veio fácil, por Deus oferecido

a cantar a alegria, cumprir sua missão
que a dor, veio de passagem
mas deixou sua lição.

ANORKINDA E DANNIEL VALENTE



A FACE DE MEU BEM

Destinando velas
pra lá e além
fui desapegando
porto de meu bem

Traquinando letras
pra poesias também
fui redesenhando
a face de meu bem

Destinando telas
pinturas que fazem bem
redescobrindo, zelando
costurando um mundo zen

No tempo agora, esse vai e vem
apalpo estrada, estrela
carícia na flor da arte
luzes, luas, céus...a face de meu bem.

ANORKINDA E DANNIEL VALENTE