terça-feira, 1 de março de 2011



PARCERIA COM AMÉLIA DE MORAIS!


(Meta-poemas)


Íntimo e sideral

Movimento, vento do verso
as pessoas sentiam o toque
arrepiava-se cada íntimo universo

No tempo todo dos inversos
acendiam a lua da verve
salpicavam estrelas na rima

Alimento, sabor poesia
os poetas tremiam de prazer
tratava-se cada íntima jóia

Nos giros completos dos planetas
nos buracos negros do silêncio
o verbo se fez magia em cometas

Anorkinda e Amélia de Morais


COTOVIA POESIA

Fala-me poesia
o que queres
ao descrever-me?

Coração poesia
o que queres
ao bendizer-me?

Recita-me poesia
como quem canta
como quem assovia

És cotovia de pouso leve
louvando a mim
com seu canto breve

Anorkinda e Amélia de Morais


FLORES DE PAPEL DE POESIA
.
Somos norte e sul
Somos jangada e minuano
Somos vermelho e azul
Somos portos, gaúcho e pernambucano

Somos mulheres e mães
Somos caneta e papel
Somos leite e pães
Somos poesia em rondel

Vamos ser melhores e meninas
Vamos em mar e rio
Vamos semear flores e bailarinas
Vamos rimar um afeto macio

Vamos de norte a sul
Vamos em versos e abraços
Vamos voar pelo céu azul
Vamos aterrisar, em risos e laços

Somos flores de papel
espalhando alegria
Somos versos perfumados
espalhando cantoria

Amélia de Morais e Anorkinda


Inspiração

Cospe logo esse verso
Preso na tua garganta
Que não te deixa dormir
que não te deixa sonhar

Traga agora essa brisa
Morna que te aninha
Na tua tenra rima
Na tua terna fala

Arranha a palavra na boca
Molha o verso entre os dentes
deita a língua, toda prosa
Poe pra fora essa semente

Dissolva o que te inspira
Profira a diáfana citação
deixa o broto do amor vingar
Suspire poesia e me dê a mão

Amélia de Morais e Anorkinda


Insuportavelmente Poesia

Movimentava o vento do verso
As pessoas sentiam o toque
Arrepiava cada íntimo universo

De verso-brisa a verso-vendaval
De verso-carinho a verso-carícia
A poesia ganhava matéria no jornal

Acariciava o verso do vento
As pessoas tremiam de prazer
Sonhava todo aquele movimento

A palavra tocava as pessoas
o vento espalhava seu som
e a poesia se fez presente

Anorkinda e Amélia de Morais


NOSSA POESIA

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Debaixo do pano da manga
Escondeu-se um verso
Tímido, em pele de pitanga

Espiava os movimentos
fluidos e inversos
dos puros encantamentos

Esperava o momento exato
de ser parte do universo
no grito forte do parto

Nos dedos da minha e da sua mão
estava ele imerso
até a revelação

Ei-lo que surge, então.

Anorkinda e Amélia de Morais


NOSSOS VERSOS

Natureza poesia me trouxe adormecida
abriu-me os olhos e me vi poetisa
dancei com as fadas em noite enluarada

Versos alados chegaram de mãos dadas
abriu-se o portal da inspiração
rimei com a lírica do meu coração

Natureza poesia me faz pura emoção
onte, hoje e para sempre será
meu alento, meu alimento, meu cantar

De rimas pobres, rimas ricas, rimas sem rimar
apenas palavras, no sangue gravadas - DNA
unidas em versos por nossas mãos

Anorkinda e Amélia de Morais

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